MERCADO IMOBILIÁRIO

Mercado imobiliário em CRESCIMENTO
“A construção civil mostrou sinais de vitalidade, seu
desempenho foi melhor que os últimos cinco anos”

Texto Fernanda Martins
Boas novas permeiam o mercado imobiliário brasileiro, a expectativa do setor é que 2020 seja tão promissor quanto 2019. Com a retomada da economia, o setor demonstra sinais de crescimento.
No ano passado, a construção civil mostrou sinais de vitalidade e seu desempenho foi o me-
lhor apontado em relação aos últimos cinco anos, marcados pela constante queda do setor, principalmente com o agravante da recessão apontada no período. No entanto, o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) demonstra que o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção Civil,
teve um aumento de 0,3% em 2019. Apesar de ser um crescimento singelo, é visto com otimismo
pelo setor em questão.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) que mede a confiança do empresariado do ramo
da construção civil, fazendo comparativos entre os anos de 2018 e 2019, demonstrou que a expectativa dos empresários quanto à oferta de novas edificações fora dos programas governamentais foi de 78,5% e 85,2%, respectivamente.
Os lançamentos de imóveis ofertados em todo o país foram de 11,8% no segundo trimestre de 2019,
em comparação com o mesmo período de 2018. Esse boom ajudou a aumentar o quantitativo de vendas
de imóveis em 16%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). De acordo com a CBIC, as regiões que mais lançaram e venderam imóveis no segundo trimestre de 2019 foram as regiões Sudeste e Nordeste.
O Sudeste teve lançamentos na ordem dos 43,6% e vendas que atingiram os 53,3%. Já a região
Nordeste, apresentou 24,3% no âmbito dos lançamentos e 20,9% no campo das vendas.
Outro ponto importante que merece atenção por parte dos empresários, consiste nos custos
da construção civil. Ou seja, mão de obra, equipamentos, materiais e serviços. Em análise concedida pelo Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), demonstrou que no final de 2019 a variação referente aos custos do setor da construção foi de 0,12%. Apesar de ser um pequeno aumento, é um percentual que está dentro das normalidades da área. Os recentes incentivos do Governo Federal
ajudaram a alavancar esse setor, que funciona como uma espécie de termômetro da economia.
O Banco Central reduziu a taxa Selic para 4,5% ao ano, sendo uma das menores já apresentadas.
A Caixa Econômica, detentora de 69% da participação do financiamento do mercado imobiliário,
também diminuiu suas taxas de financiamento, de 8,5% para 7,5%. No quesito locação de imóveis, 2019 fechou em alta de 4,93%, superando a inflação do período. O preço médio de locação residencial apresentou uma alta de 0,60%, o que representa um valor de R$ 29,95 por m².
Onze capitais foram monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial.Residencial. Dentre as cidades analisadas, a de São Paulo foi a que apresentou o maior preço médio de locação residencial, R$ 40,10/m². O segundo maior valor médio do aluguel ficou com Brasília, R$ 31,02/ m². As capitais com menor valor de locação residencial em dezembro de 2019 foram: Goiânia R$ 16,82/m², Fortaleza R$ 17,73/m² e Curitiba R$ 20,74/m². Nas capitais analisadas, a cidade do Recife foi a que apresentou o maior aumento do preço, com uma alta de 3,10%, seguida pelas cidades de Florianópolis 1,21% e Curitiba 1,11%.

Saindo do âmbito nacional e com foco para uma das cidades mais desenvolvidas do Agreste Pernambucano, Caruaru, demonstra sinais animadores de crescimento em vários setores, sobretudo o que abrange o mercado de imóveis. É corriqueiro nos depararmos com a cidade repleta de novos prédios, condomínios lançados, além da venda de loteamentos. Toda essa pujança destaca a locação e comercialização de imóveis. Tal contexto atrai investidores e, consequentemente, aquece a economia com geração de novos empregos.

“Caruaru tem muito a prosperar, a crescer. A construção civil deve desenvolver-se bastante em 2020. A melhora da economia veio para apaziguar a situação que estava o mercado. Notamos uma melhora também no setor de locação de imóveis. Todo começo de ano muitas pessoas chegam à cidade para trabalhar e estudar. Isso ajuda o mercado”, disse o corretor, Júlio Rêgo.

Certas ações são empregadas para incentivar o mercado imobiliário caruaruense, é o caso do já consolidado Salão Imobiliário, evento que está na sua 13ª edição. Promovido por instituições como ACIC e Caixa Econômica Federal, conta com a participação de imobiliárias e construtoras. Com proposta de divulgar o que há de mais novo no setor, é um momento em que expositores compartilham tendências e estudam as ânsias do público regional.

Com isso, o mais importante município do interior de Pernambuco, demonstra sua importância em relação a outros centros de investimento. Cada vez mais, nota-se a instalação de novas empresas e postos de trabalhos são abertos. No todo, a cidade cria um sistema econômico de benefícios mútuos entre setores, fato que gera progresso e bem-estar social.