Caixa de Natal 10 anos

Caixa de Natal 10 anos

ESPETÁCULO CAIXA DE NATAL COMPLETA 10 ANOS E RECEBE TÍTULO DE PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO RECIFE

O Natal é a época mais mágica do ano, de encontros, histórias, músicas, cores, mensagens e reflexão, mas também de ações sociais que refletem o amor e solidariedade entre as pessoas. Época de contar histórias, como ocorre há dez anos no Recife, de uma forma diferente, onde as janelas e varanda da CAIXA Cultural se tornam palco do tradicional espetáculo CAIXA de NATAL.

Em sua 10ª edição, o espetáculo reúne crianças e jovens do Coral CAIXA de NATAL, que cantam e encantam com clássicos musicais, conduzidos pelos regentes Gilvan Lucas e Bruna Renata. Nesta edição de comemoração o coral ganha um reforço com a participação de nove coralistas adultos que fizeram parte das primeiras edições do espetáculo, apresentando assim um coral misto, composto por 40 vozes infantis, juvenis e adultas.

Com patrocínio da CAIXA, o evento é resultado de uma jornada intensa de dez meses de trabalho de dezenas de profissionais. Eles atuam na pesquisa de repertório, composição dos arranjos, ensaios musicais e de coreografias, desenvolvimento de figurino, divulgação e a apresentação.

Projeto transversal que une cultura, turismo e responsabilidade social, o CAIXA de NATAL é uma superprodução que ocupa todo o edifício, viabilizado principalmente pelo Edital Público de Ocupação dos espaços da CAIXA Cultural, com a missão de gerar oportunidade para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e abandono, levando amor, carinho e esperança através da força da música e seu poder de transformação, melhorando assim a estrutura familiar, combatendo a evasão escolar, o tráfico de drogas, o trabalho infantil, o uso de substâncias psicoativas e suas consequências nas comunidades.

O evento traz como convidados especiais o instrumentista Hamilton de Holanda e o cantor e compositor Alceu Valença. A apresentação é gratuita e será realizada no dia 1º de dezembro, às 18h, nas janelas e varanda da CAIXA Cultural Recife, na Praça do Marco Zero

A história por trás dos dez anos de um dos maiores e mais inclusivos espetáculos de Natal gratuitos do país. Como tudo aconteceu. Da ideia ao patrimônio:

De uma grande amizade surgida na produção de um show que promoveu, em 2011, o reencontro épico dos artistas Alceu Valença e Lula Cortez, em São Paulo, os produtores fundadores do projeto se uniram cerca de um ano após para iniciar a construção do que se tornaria um dos maiores espetáculos de Natal do país, com média de público de 80 mil pessoas e destaque para o pico de 110mil, em 2019.

Comum na criação das produções culturais, as perguntas “o que”, “onde” e “como” foram respondidas em plena sintonia: Lulinha trazia o sonho de uma cantata natalina e havia idealizado o formato através da união de vozes infantis com solos de guitarra. Portanto sabendo o que queriam realizar, partiram juntos em busca de um local que pudesse receber o espetáculo, e ao surgir a possibilidade de parceria com a CAIXA Cultural, Diogo Leite batizou o projeto, sugerindo o duplo sentido entre “uma caixa de presente para a Cidade do Recife” e o nome do local que seria o principal parceiro do projeto. Convidaram então o produtor e arranjador Tovinho para a concepção musical do espetáculo e o guitarrista Paulo Rafael como atração instrumental, expandindo a equipe através dos melhores profissionais da cadeia produtiva local e altamente capacitados a fazer com que as vozes das crianças e jovens ecoassem em praça pública para uma multidão, já no primeiro ano mexendo com milhares de corações pernambucanos. A partir daí, vieram os artistas convidados que abrilhantaram a abertura do Natal na cidade do Recife: nossas crianças viveram um “Novo Tempo” com Ivan Lins, voaram no “Lindo Balão Azul” de Guilherme Arantes e no “Taxi Lunar” de Geraldo Azevedo, homenagearam a “Menina dos Olhos do Mar” de Lenine, viajaram “De Volta pro Aconchego” com Elba Ramalho, pintaram uma linda “Aquarela” com a sanfona de Lucy Alves, brincaram na “Fazendinha” do Mundo Bita, visitaram a “Mama África” de Chico César e diante da saudade de uma multidão presencial, emocionaram a praça com um histórico “Voltei Recife” conduzido pelo mágico bandolim de Hamilton de Holanda.

“O CAIXA de NATAL foi um sonho que se tornou realidade conquistando a capital pernambucana e o pertencimento da cidade em um curto espaço de tempo. Aqui não teve mágica, mas sim, muito esforço, coragem, determinação, perseverança, resiliência, amor e fé. Todos os anos, abrimos mão de um tempo valioso com nossas famílias para conseguir realizar cada edição”, ressalta Lulinha, que mergulhou profundamente em estudos e pesquisas para encontrar o melhor formato para a grandiosidade que sonhava.

Com olhos no futuro e movidos pela busca da realização de uma cantata natalina única, ao vivo, sempre impactante e transversal nos aspectos cultural e social, a dupla adianta os próximos passos do projeto: “Comemoramos nossos 10 anos no dia 1º de dezembro e, no dia seguinte, entraremos na segunda década deste grande sonho totalmente dedicados em expandir o nosso alcance de transformação de vidas para outros estados brasileiros, com prioridade na região Nordeste, através da criação do Instituto CAIXA de NATAL”, revela Diogo Leite.

Como resultado da caminhada de sucesso do espetáculo, a consagração pública do projeto se torna oficial através de uma das maiores conquistas que um projeto sociocultural pode alcançar: o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, com reconhecimento do conselho internacional de festivais folclóricos e artes tradicionais CIOFF / UNESCO, figurando como um dos projetos mais jovens a receber o referido título.

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