SAÚDE

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DR. ADRIANO MARCELL DA SILVA


Graduado em Medicina e pós-graduado em Cardiologia pela Universidade Federal do Ceará. Ainda no campo da pós-graduação, o profissional detém: Saúde da Família (UFPE), Gastroenterologia CBMS (UCAM), Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Diretor técnico do hospital de Toritama. Médico com foco em obesidade, emagrecimento saudável e hipertrofia
O Diabetes Tipo 2 e a Importância da Reposição Hormonal. Entenda como a doença que tem como uma das características o não aproveitamento da insulina produzida pelo corpo está diretamente ligada ao sobrepeso, sedentarismo e maus hábitos alimentares
Falar sobre o diabetes tipo 2 é mostrar, entre outros fatores, números que crescem a níveis assustadores. Para se ter uma noção do problema, o Brasil tem hoje cerca de 17 milhões de pessoas portadoras da doença. Em uma escala global, esse número ultrapassará, segundo estimativas de órgãos de saúde, a impressionante marca de 1 bilhão até o ano de 2050. Uma segunda projeção divulgada em 2023, na última edição do Atlas da Obesidade no Mundo, aponta que nos próximos onze anos metade da população mundial estará acima do peso ou obesa. Nesse cenário dramático, vale destacar tam bém outro dano causado pela obesidade e pelo diabetes tipo 2: a queda acentuada nos níveis de testosterona. Indo mais além, você sabia que existe uma correlação significativa entre os índices baixos do hormônio masculino e certas comorbidades, como a própria obesidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, além de outros fatores como idade do paciente, histórico familiar e quadro geral de saúde precário? Dessa forma, o sobrepeso e o hipogonadismo masculino podem ser elencados em uma relação onde um agravante perpetua o outro. Nesse contexto de enfermidades, fica evidente a importância de um acompanhamento médico no intuito de não apenas monitorar sintomas, mas de procurar as origens do problema e a partir disso atuar em um tratamento preciso e qualificado, afim de obter uma melhor qualidade de vida aos pacientes, destacando a importância da medicina preventiva e deixando de lado a nociva sensação de estar “enxugando gelo” ou fazendo mais do mesmo. Aí vem o grande questionamento: como tratar a causa e não somente a consequência? É o que veremos a seguir nessa matéria.
Hoje é amplamente difundido no meio médico o termo ‘diabesidade’, criado propositalmente para evidenciar que diabetes e obesidade são vilãs que caminham de mãos dadas. No entanto, observou-se em estudos recentes que menos de 2% dos pacientes recebem medicamentos antiobesidade, dificultando-se assim o favorável desfecho da doença, deixando claro que a perda de peso é o preditor mais significativo para a remis são do diabetes do tipo dois. Sem contar, ainda, outros preditores importantes, como idade do paciente, duração do diabetes e uso de insulinas.
A grande maioria dos pacientes portadoras do DM2, terão uma ou mais formas de resistência à insulina, consistente com o fenótipo do diabetes associado a adiposidade. Desse modo, fica clara a necessidade de manter o alvo fundamental do tratamento focado também no controle do peso. Em média, de 10% a 20% de perda de peso corporal acontece nos dois primeiros anos do diagnóstico. Contudo, a remissão em 80% dos casos acontece em pessoas que perderam 10% do peso e em impressionantes 100% dos casos, a per da de peso é igual a 20% do total. Quanto à reposição hormonal, a TRT, é um possível alvo terapêutico? Para isso, precisa mos lanças alguns questionamentos:

  1. O baixo nível de testosterona será um agente causal no desenvolvimento da síndrome metabólica, obesidade e DM2, ou um mero espectador?
    2. O tratamento da testosterona melhora os resultados metabólicos?
    3. Os benefícios metabólicos superam o risco da terapia com testosterona ? Ou se existe algum tipo de evidência cientifica que impulsione essa associação?AS RESPOSTAS DAS EVIDÊNCIAS SÃO CLARAS:1. A resistência à insulina tem uma forte associação com o hipogonadismo independente da obesidade e complicações do diabetes;
    2. Adipócitos têm alta expressão de aromatase que converte a testosterona em estradiol e reduz os andrógenos circulantes;
    3. A testosterona atua inibindo a atividade da lipoproteína lipase (LPL), diminuindo o acúmulo de triglicerídeos e estimulando a lipólise.Assim concluímos que:
    • O tratamento com testosterona em homens hipogonadicos com DM2 tem efeitos sensibilizadores e antiinflamatórios à insulina, além de redução da adiposidade e aumento da massa corporal magra.
    TRT pode ser um aliado na pro moção da perda de massa gorda e na melhoria dos resultados metabólicos.• Nossa principal descoberta é que a TRT preveniu completa mente a progressão do pré-diabetes para DM2 evidente.• Baixos níveis basais de Testosterona e DHT estão associados a maior mortalidade por todas as causas em homens com DM2. • Homens hipogonádicos com DM2 devem ser considerados de risco muito alto de morte car diovascular (DCV).
    CUIDE DA SUA SAÚDE!
    Serviço:
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